Em comemoração aos 75 anos da SWISSCAM, compartilhamos fotos históricas, notícias e personagens que marcaram o percurso da câmara ao longo destes anos. Role sua tela para ver as fotos por décadas!
Desde o início dos anos 1930, a Associação das Casas de Comércio Suíças, grupo formado por dirigentes de empresas suíças, atuava de forma não oficial prestando serviços ao comércio bilateral entre Suíça e Brasil. A Associação reunia-se semanalmente para um almoço no restaurante Casa Heim, no centro do Rio de Janeiro, onde discutiam questões relacionadas aos negócios entre os dois países. Também elaboravam e enviavam à Suíça relatórios mensais sobre a situação política e econômica brasileira.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a única maneira de importar da Suíça ao Brasil era através de um longo caminho: por comboio de caminhões de Genebra pelo sul da França, da Espanha até Lisboa e de lá, em navios escoltados pela Marinha até o Rio de Janeiro ou Santos. Neste período, havia anos em que nenhuma troca comercial era feita entre os países…
E foi justamente a perspectiva de encerramento da Segunda Guerra Mundial e as possibilidades que se abriam no comércio bilateral, que animaram os membros da Associação das Casas de Comércio Suíças a oficializar o que já funcionava como uma câmara.
Os Presidentes da SWISSCAM
1945 – 1948 | Ferdinand Erwin Constantin |
1948 – 1950 | Anton Von Salis |
1951 – 1952 | Paul Visinand |
1953 – 1954 | Georges Parrollaz |
1955 – 1956 | Anton Von Salis |
1957 – 1958 | Pierre Grandchamp |
1959 – 1960 | Anton Von Salis |
1961 – 1962 | Gustav A. Baumann |
1963 – 1964 | Anton Von Salis |
1965 – 1966 | Gustav A. Baumann |
1967 | Pierre Grandchamp |
1968 – 1970 | Alex Haegler |
1971 | Martin Russak |
1972 | Walter Kleinert |
1973 – 1974 | Lucien Marc Moser |
1975 – 1976 | Jean-Pierre Brulhart |
1977 | Aldo Heusser |
1978 | Norbert Gmuer |
1979 – 1980 | Constant Rochat |
1981 – 1982 | João Ulrich Pestalozzi |
1983 – 1984 | Hansruedi Wipf |
1985 – 1986 | João Ulrich Pestalozzi |
1987 – 1988 | Fritz Greuter |
1989 – 1991 | Urs Plaz |
1992 – 1995 | Kurt P. Pickel |
1996 – 1999 | Hans Jöhr |
2000 – 2006 | Ernesto Moeri |
2007 – 2011 | Christian Hanssen |
2012 – 2017 | Emanuel Baltis |
2018 – 2019 | Philip Schneider |
Foi no dia 27 de março de 1945 que se realizou na cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, a Assembleia Geral Constituinte da Câmara de Comércio Suíça do Brasil – a SWISSCAM Brasil. Eram 111 associados-fundadores.
Naqueles tempos, prevalecia o comércio de importação. Um dos primeiros boletins da Câmara enumerava cada uma das mercadorias chegadas no vapor suíço Saint Cergue: 173 relógios e bijuterias, 592 gramofones e peças, 446 produtos químicos como corantes de anilinas, 22 produtos têxteis como roupas de seda artificial, 12 impressos.
A primeira sede da Câmara situava-se no numero 45 da rua Cândido Mendes, bairro da Glória, Rio de Janeiro. A seção em São Paulo ficava em um casarão na rua Caio Prado, 183, conhecido por Maison Suisse.
O boom das importações do período pós-guerra se refletiu no número de associados que, em 1948, chegaram a 456, entre pessoas físicas e pessoas jurídicas! Já na primeira listagem de sócios, encontramos a Ciba (que em 1996 deu origem à Novartis após a fusão com a Geigy e com a Sandoz), nosso mais antigo e constante associado.
Em 1950, como símbolo do desenvolvimento e da consolidação do trabalho da Câmara de Comércio Suíça do Brasil, o Relatório Anual passou a ser impresso e distribuído aos associados. A Nestlé, a Roche, a Schindler, a Swiss Bank Corporation, a SwissAir, a Ciba e a Sandoz estavam entre os primeiros a anunciar no Relatório.
Em 1954, a Câmara organizou o pavilhão Suíço, participando intensamente da 1ª Feira Internacional de São Paulo, Comemorativa do IV Centenário da Cidade.
No ano seguinte, ano em que comemorou sua primeira década, a Câmara mudou sua sede para a Casa da Suíça, na Rua Cândido Mendes, 157. A celebração de inauguração ocorreu em abril do ano seguinte e contou com a presença do presidente Juscelino Kubitscheck.
A Casa da Suíça era um prédio de onze andares que centralizava as atividades dos 12 mil suíços residentes no Brasil daqueles tempos. As empresas suíças com atuação no Brasil também sediavam seus escritórios ali. O restaurante no andar térreo servia comida típica, acolhia eventos da comunidade e funcionou até 2018.
Em 1960, Brasília era inaugurada como capital do Brasil.
Com a crescente associação de indústrias, a Câmara mudou de nome em 18 de junho de 1961 e passou a se chamar Câmara Suíça de Comércio e Indústria do Brasil.
A reunião-almoço mais concorrida daquela década foi em 1963, que contou com a presença do governador Carlos Lacerda, do Estado da Guanabara (território que corresponde hoje à cidade do Rio de Janeiro). Alex Haegler, presidente da Câmara no biênio 1968-1970 recorda que ele “era especialista em ser oposição e tinha assuntos muito atuais e fortes a discutir. Era, de fato, um orador interessantíssimo na época.”
A partir de 1964, o Brasil vivia anos de Ditadura Militar. Inúmeras novas leis foram criadas e a Câmara passou a prestar um importante serviço de assistência jurídica, especialmente para as empresas de pequeno e médio porte que não tinham um departamento especializado.
Em 1970, a SWISSCAM comemorou seus 25 anos com um banquete na Casa da Suíça que contou com a presença do embaixador Giovanni Enrico Bucher e do diretor do CACEX, Benedicto Fonseca Moreira, convidado de honra.
Em 1972, a sede central da Câmara foi transferida do Rio de Janeiro para São Paulo, na rua Caio Prado, 163, ao lado da Maison Suisse.
No ano seguinte, do dia 22 de novembro a 02 de dezembro, a OSEC (Centro Suíço de Expansão Comercial) e a Câmara realizaram nos pavilhões do Anhembi a Expo Suíça 73, com 223 expositores de máquinas industriais, equipamentos têxteis, embalagens, artes gráficas, relógios, produtos químicos e alimentícios, além de bancos, empresas de turismo, um restaurante com comidas típicas e uma exposição de design industrial. A entrada era colorida pelas bandeiras de todos os cantões da Suíça.
Em 1976, a Maison Suisse situada na rua Caio Prado foi vendida, encerrando um capítulo na história da SWISSCAM com uma grande festa de despedida com muita música ao vivo, serpentina e balões. Em 24 de janeiro de 1977, o escritório passou a funcionar no oitavo andar da rua Marconi, 53.
Os anos 1980 foram tempos de redemocratização do Brasil e instabilidade econômica. Em 1988, o Brasil tinha o maior superávit na balança comercial, a mais alta inflação de todos os tempos e uma nova Constituição.
No início desta década, a Câmara mudou de nome e passou a chamar-se Câmara de Comércio Suíço-Brasileira.
Em 1986, a Câmara promoveu no Grand Hotel Ca’d’Oro, em São Paulo, o Simpósio de Intercâmbio Tecnológico Tecno-Suíça-Brasil, evento com palestras de técnicos das mais diversas empresas suíças – tais como BBC Brown Boveri, Nestlé, Sulzer, Swiss Bank Corporation, Ciba-Geigy, Tettex – sobre aplicação de tecnologia à indústria.
Sobre o aspecto social, no final da década, a Câmara passou a promover jantares dançantes de final de ano com a presença das esposas. Além da dança, havia também outras atrações como projeção de documentários. Os primeiros foram de Jean Manzon e do Office Suisse d’Expansion Commerciale – OSEC (Centro Suíço de Expansão Comercial ), sobre a Suíça.
Em 1989, houve a fusão das seções de São Paulo e do Rio de Janeiro e novos estatutos foram aprovados em duas Assembleias Extraordinárias, uma em cada cidade. A nova organização permitiu a racionalização administrativa e uma redução significativa de gastos. A sede passou a ser nos conjuntos 1004/06 da av. Paulista.
Os anos 1990 foram marcados politicamente pelo impeachment do presidente Fernando Collor e economicamente pela reforma monetária do plano real. No plano do comércio internacional, a criação e consolidação do Mercosul foi o fato mais relevante. Em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92, foi realizada no Rio de Janeiro com o objetivo de debater os problemas ambientais mundiais.
A informática invadia o cotidiano das instituições e a SWISSCAM iniciou seu processo de modernização e mecanização dos serviços administrativos com a instalação de um computador Microtec 286, a aquisição de uma impressora Laserdesk e uma copiadora Canon. E no final da década, a Câmara lançou sua homepage na internet.
A SWISSCAM completou 50 anos em 1995, lançou uma logomarca comemorativa e promoveu uma festa aos associados no Nacional Club.
Para reunir informalmente os tomadores de decisões de alto nível, a Câmara criou em 1998 o Clube dos Presidentes / Presidents’ Club, uma tradição que se mantém até os dias de hoje.
Os anos 2000 se caracterizaram por relativa estabilidade política e econômica no Brasil, o que favoreceu as atividades comerciais bilaterais entre Suíça e Brasil.
Na virada do milênio, a Câmara ganhou uma nova logomarca e passou a ser conhecida como SWISSCAM Brasil. Também ganhou uma nova sede, em uma cobertura situada na av. das Nações Unidas, 13797, na cidade de São Paulo. Neste período, os relatórios anuais passaram a trazer matérias temáticas e a revista da Câmara passou a trazer conteúdos mais abrangentes de interesse comercial, mas também turístico e cultural, além de espaço para os associados se expressarem. O site também foi reformulado. Todos os associados passaram a ter direito a voto independente da categoria.
Pauta obrigatória dos anos 2000, a sustentabilidade, a responsabilidade social e o impacto das mudanças climáticas foram assuntos recorrentes nas atividades da Câmara, como, por exemplo, o incentivo à participação de empresas suíças na FIMAI, na época a maior e mais importante feira de tecnologia ambiental da América Latina.
Em 2002, a SWISSCAM reabriu um escritório no Rio de Janeiro para atender aos associados cariocas, que permaneceu ativo até 2006. Também criou os comitês, que organizavam as palestras, simpósios e workshop por assuntos de interesse. É neste ano também que se intensifica a participação da Câmara nas feiras de negócio, um expertise plenamente consolidado nos dias de hoje e que oferece aos associados atividades que vão desde locação dos estandes até suporte do staff e divulgação.
A SWISSCAM completou 60 anos em 2005, criou uma logomarca especial e promoveu na sede um coquetel musical aos associados.
Em 2008, uma nova mudança de endereço e a promoção do Seminário Internacional de Propriedade Intelectual e Desenvolvimento marcaram o ano.
Dois grandes eventos esportivos voltaram os olhos do mundo para o Brasil dos anos 2010: A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016. O Brasil também esteve no centro das atenções mundiais em 2012, com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20. No cenário político e institucional, o Brasil passou por um período turbulento e de crise, com o Impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e as eleições presidenciais em 2018.
Em 2015, uma iniciativa pioneira da SWISSCAM criou o SwissShopping, que expôs produtos e serviços suíços para o público geral de um shopping de classe alta em São Paulo.
Exercendo um papel cada dia mais relevante para as relações bilaterais entre Suíça e Brasil, a SWISSCAM teve nesta década um considerável aumento do número de eventos organizados, com destaque para o Doing Business in Brasil, em 2018 na cidade de Zurique (Suíça). O atendimento às consultas comerciais e pesquisas foi expandido. O Innovation Trip Mission em 2017 foi outra iniciativa interessante: uma viagem à Suíça com autoridades brasileiras e representantes de empresas suíças no Brasil para conhecer empresas e entidades de destaque no investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento.
Os vínculos da Câmara com os governos suíço e brasileiro também foram fortalecidos com a colaboração no grupo parlamentar Brasil-Suíça, a participação nas delegações de autoridades suíças em visita ao Brasil e a organização de reuniões e petit comités com as empresas associadas para discussão do tema. Inclusive, a solidificação dos trabalhos dos Comitês também foi uma tônica dos anos 2010: atendendo às demandas dos associados, foram criados mais dois comitês: o de Supply Chain (2013) e o de Inovação (2016).
Clique aqui para ler os depoimentos de associados e diretores na íntegra.
- Frederico Turolla, Sócio-Diretor da Pezco Economics e coordenador do Comitê Financeiro e Econômico da SWISSCAM desde 2007
- Emanuel Baltis, Presidente da SWISSCAM entre 2012 e 2017 e conselheiro em 2018 e 2019
- Ursula Bardorf, Diretora Executiva da SWISSCAM de 2001 a 2008
- Christian Hanssen, Diretor da Helamin Brasil, presidente da SWISSCAM de 2006 a 2011 e conselheiro desde 2012
- Edson Franco, CEO da Zurich Seguros no Brasil
- Stephan Buser, Diretor executivo da SWISSCAM de 2008 a 2016
- Erik Vidal, Sócio/Diretor da Curaprox e conselheiro da SWISSCAM desde 2016
- Mônica Ferreira Vassimon, Presidente da Clariant América Latina e conselheira da SWISSCAM desde 2015
- Philip Schneider, Sócio de Schneider, Pugliese, Sztokfisz, Figueiredo e Carvalho Advogados e presidente da SWISSCAM desde 2018
- Werner Stettler, Conselheiro da SWISSCAM desde 1997
- Stefania Moeri Hertach, Diretora executiva da SWISSCAM desde 2017
- Gustavo Stüssi, Diretor jurídico da SWISSCAM desde 2001 e sócio de Stüssi-Neves Advogados
- Jürg Marbach, Program Manager ERP Implementation Americas, Schindler Group.
Vice-presidente da SWISSCAM de 2013 a 2018