A Suíça e a sustentabilidade no Brasil

27/jan/2022 - SWISSCAM -

SUÍÇA REFORÇA COOPERAÇÃO EM AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE NO BRASIL

“A Suíça e a sustentabilidade no Brasil” foi o tema do encontro, em formato híbrido, que reuniu representantes dos dois países e empresários suíços no Brasil, no dia 27 de janeiro, em São Paulo. A iniciativa da Embaixada da Suíça teve como propósito apresentar os compromissos dos atores suíços com o desenvolvimento sustentável e as áreas com potencial de negócios, além de fortalecer e ampliar a cooperação com o Brasil.

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, destacou que há mais de 120 iniciativas suíças de sustentabilidade no Brasil, a maioria vinda de empresas, bem como de associações, instituições acadêmicas e agências do governo. Essas ações contribuem para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Neste sentido, se destacam a erradicação da pobreza e da fome; o fomento à saúde e educação de qualidade; e a expansão da água potável, do saneamento e das energias renováveis.

No âmbito da Agenda 2030, a Suíça visa alcançar um desenvolvimento sustentável que leve em conta o meio ambiente, a sociedade e a economia. Neste sentido, a proposta é levantar as áreas que o país europeu pode contribuir com o Brasil por meio de acordos, parcerias e negócios. “Para a Suíça, o Brasil é um ator-chave bilateral, regional e global no âmbito do meio ambiente, da biodiversidade e da sustentabilidade”, afirmou o embaixador.

O evento contou com a participação do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite, que apresentou as iniciativas do governo brasileiro na área de sustentabilidade e respondeu perguntas das empresas suíças. Ele salientou que foi criado o Programa de Crescimento Verde, dentro do Comitê Interministerial de Mudança do Clima, com a participação de vários ministérios.

O Comitê de Mudança do Clima e Crescimento Verde possui como principais metas a conservação da floresta nativa, o uso racional de recursos naturais, a redução de emissão de gases de efeito estufa e a geração de emprego verde. Esse programa conta com incentivos financeiros. “O governo federal, através de seus bancos, possui recursos bilionários para investimentos e financiamentos verdes na direção dessa nova economia verde, neutra em emissões”, afirmou o ministro.

O Comitê de Mudança do Clima e Crescimento Verde, explicou Leite, é resultado dos compromissos assumidos na 26ª edição da Conferência do Clima em Glasgow, na Escócia. “O Brasil assumiu compromissos e transformou a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) em uma das mais ambiciosas dos países em desenvolvimento do G20”, disse.

Outra proposta estabelecida recentemente, conforme o ministro, foi o marco legal de resíduos sólidos no Brasil, que está possibilitando a criação do programa Metano Zero. Possui como foco os resíduos orgânicos relacionados às áreas urbanas e produção agrícola, especialmente cana-de-açúcar, suínos, aves, laticínios e aterros sanitários.

“É uma gigantesca oportunidade de produção de energia e combustíveis limpos, de forma descentralizada, que até hoje foi praticamente inexplorada”, destacou o ministro. “Esse é um grande avanço e nós entendemos como uma oportunidade para as empresas apresentarem soluções, principalmente para a limpeza do gás que sai dos biodigestores, transformando-o em biogás e biometano, com maior nível de pureza, para serem aplicados em veículos pesados, como tratores e caminhões, bem como para mobilidade urbana”, disse.

Realizado pela Embaixada da Suíça, o encontro sobre sustentabilidade contou com apoio do Consulado Geral da Suíça em São Paulo, do Swiss Business Hub Brazil, da Câmara de Comércio SWISSCAM e da Swissnex no Brasil.

Crédito: Swiss Business Hub Brazil