A Ferring fará a inauguração, em 29 de novembro de 2018, do 12º centro de inovação da farmacêutica, primeiro no hemisfério sul, bem como a de uma fábrica de medicamentos.
Inaugurar aqui um centro de inovações é a continuidade do foco que temos dado ao Brasil durante muitos anos. Todos enxergamos o Brasil como um mercado muito interessante, com o qual estabelecemos uma relação de longo prazo.
Este centro de inovação será composto de três laboratórios, sendo dedicado ao desenvolvimento de novas formulações, um segundo dedicado a metodologia analítica e um terceiro dedicado para estudo de estabilidade.
A Ferring espera deste novo centro o desenvolvimento de plataformas tecnológicas que buscam melhorar a disponibilidade dos medicamentos no organismo, o desenvolvimento de medicamentos para “unmet needs” (necessidades não atendidas) e desenvolver produtos usando tecnologias disruptivas.
Números da Ferring:
• 6,5 mil funcionários no mundo
• Mais de 100 colaboradores do Brasil
• 15% do faturamento da empresa é direcionado para Pesquisa e Desenvolvimento
• No Brasil, o faturamento foi próximo a R$ 200 milhões
• Ao todo, foram investidos 15 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento – desde 2016
• Em 2019, a previsão é investir mais 10 milhões de reais em Pesquisa e Desenvolvimento
• 12 centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em todo o mundo
• Temos 7 pesquisadores (entre Nile e FIBRA) – No ano que vem, esperamos ter mais de 10 pesquisadores
• Líder mundial em reprodução assistida
1) Por que a escolha do Brasil para receber a primeira sede no hemisfério sul de seu centro de inovação?
R: Enxergamos o Brasil como um mercado bastante interessante, com o qual visamos estabelecer uma relação de longo prazo. A Ferring sabe que pensar localmente é uma vantagem competitiva e atua na contramão de grandes multinacionais. A empresa acredita na capacidade inventiva do cientista brasileiro e estimula o pensamento diverso e inovador, visando o desenvolvimento local para necessidades locais com posterior potencial de internacionalização. A crise econômica e política não afeta os planos para o Brasil. Temos vividos alguns altos e baixos no passado, mas acreditamos que em longo prazo a perspectiva é positiva. E qualquer economia tem seus altos e baixos. As companhias e gestores brasileiros têm grande capacidade de gerenciar seus negócios durante as crises. Essa é uma qualidade importante. Frederik Paulsen Jr., chairman da companhia, já visitou o país diversas vezes e continua acreditando no potencial que aqui se encontra, o que demonstra a importância que a Ferring tem dado ao mercado brasileiro ao longo dos anos.
2) O que será desenvolvido no Brasil está sendo pesquisado em alguma outra unidade do centro de inovação? Se não, por que o Brasil para desenvolver essas pesquisas especificamente?
R: A Ferring espera que no FIBRA sejam desenvolvidas plataformas tecnológicas que melhorem a disponibilidade dos medicamentos no organismo, bem como medicamentos para unmet needs (necessidades não atendidas) e mais futuramente os desenvolvimentos de tecnologias com maior potencial disruptivo.
3) Estão previstas ações de parceria com universidades para o fomento da inovação?
R: Faz parte da estratégia da Ferring investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia farmacêutica no Brasil, com programas que incentivam e patrocinam cientistas locais. Prova disso foi a criação do Grants, um programa da Ferring Brasil com apoio da Biominas Brasil, que estabeleceu parcerias para o co-desenvolvimento e/ou absorção de novas tecnologias. A primeira edição, iniciada em 2017, recebeu 138 projetos nas áreas de Gastroenterologia, Reprodução Humana/Obstetrícia, Ortopedia, Uro-oncologia e Saúde Reprodutiva e Sexual Masculina, apresentados por pesquisadores ou Centros de Tecnologia de diversas regiões do país. Após rigorosa seleção, quatro projetos foram escolhidos para receber um fomento total de R$ 1 milhão. Os contratos foram assinados em julho de 2018, e os projetos terão a duração média de 24 meses. Uma nova edição do programa Grants faz parte das intenções da Ferring. Ainda há grande potencial para intensificar a colaboração com cientistas brasileiros, buscando parcerias com universidades em diversas áreas do conhecimento não se limitando a nanotecnologia ou o desenvolvimento de novas formulações.
4) Podemos esperar a vinda de pesquisadores suecos para trocar conhecimento com os pesquisadores brasileiros? Podemos falar em transferência de tecnologia entre os dois países
R: O Fibra (Ferring Innovation Brazil) poderá tanto absorver como transferir tecnologia para terceiros, bem como propor desenvolvimento conjunto com diversas instituições nacionais e internacionais. É esperada uma grande troca de conhecimento entre os outros 11 centros de inovação da Ferring e parceiros locais, visando potencializar e acelerar o desenvolvimento de novos produtos. Contudo, neste exato momento a maior intenção primeira será de fortalecer os laços científicos com os pesquisadores brasileiros e com a academia nacional.
5) Qual a importância estratégica do Brasil para a Ferring?
R: O Brasil é um mercado estratégico para a Ferring. Para começar, temos mais de 200 milhões de habitantes aqui. É uma população significativa. Se olharmos o mercado farmacêutico, as autoridades brasileiras têm um dos mais altos padrões, não só na América Latina, mas também em comparação aos reguladores americanos e europeus. Estamos convencidos de que se conseguirmos tornar uma tecnologia viável no Brasil, não teremos dificuldades maiores de acesso aos demais mercados do mundo.